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12/ MONUMENTO D. PEDRO V EM BRAGA

JOSÉ JOAQUIM TEIXEIRA LOPES, ESCULTOR E CERAMISTA

por António Teixeira Lopes da Cruz, Proprietário da Quinta Vila Rachel.  
data da publicação: 1 de Março de 2023




* Foto de José Gonçalves

Esta estátua, de 1,80m (1) obra de Teixeira Lopes, foi inaugurada em 1879 na Avenida Central de Braga, tendo sido transferida em 1913 para a Praça de Mouzinho de Albuquerque, mais conhecida pelo seu antigo nome de Campo Novo.

Foi aberto concurso para a execução do monumento, tendo sido constituído um júri pela Academia de Belas Artes do Porto.

Teixeira Lopes foi o único concorrente e prontificou-se a alterar o que o júri sugerisse, mas este “deu o devido louvor à perfeição da semelhança” (2)

O modelo da estátua em gesso esteve em exposição nos Paços do Concelho do Porto, a pedido do autor (3)

Comparando esta estátua com a do Porto, são notórias as semelhanças entre as duas, o que se afigura natural, sendo o retratado o mesmo e o seu autor também. Mas há diferenças: a mais substancial reside no facto da obra do Porto ser de bronze, enquanto que a de Braga é esculpida em mármore.

Mas há várias dissemelhanças de pormenor; a título de exemplo: 

  • Na estátua de Braga , o rei apresenta o braço direito ligeiramente dobrado, ficando o chapéu completamente encostado à perna, enquanto, na do Porto, o braço está perfeitamente esticado e o chapéu só toca na perna com o bico
  • Na estátua de Braga, o rei segura a espada encostada ao corpo, com o punho e a bainha visíveis de lado enquanto, na do Porto, a espada destaca-se totalmente do corpo do monarca com o punho e a bainha virados para a frente.

Após a conclusão da estátua, Teixeira Lopes solicitou ao júri do monumento que criasse uma comissão com a finalidade de se pronunciar sobre o seu trabalho, o que aconteceu. Foram convocados professores de Belas Artes, que aprovaram a obra, embora sugerindo certas alterações. (4)

Em consequência, antes da sua passagem a mármore, Teixeira Lopes terá assim efectuado algumas pequenas correcções. 

Quanto aos pedestais dos monumentos, conquanto sejam ambos de mármore, são completamente diferentes, sendo que o de Braga é mais austero que o do Porto, sem ornatos, apenas com uma inscrição, sob as armas reais, onde são identificados os dois irmãos que suportaram o custo da obra, pelo menos de forma substancial, sendo que foi iniciativa do Barão de Gramosa, que fez um legado (2) e de seu irmão “... Costa Rebello, que no seu testamento deixou uma verba para começo de subscripção...” (5) 

* Pedestal do monumento de Braga, foto de José Gonçalves

pastedGraphic_2.png                                        

* Miniatura em terracota elaborada por Teixeira Lopes (Casa-Museu Teixeira Lopes), que serviu para a modelação da estátua em gesso de tamanho final, que foi seguidamente esculpida em mármore.

pastedGraphic_4.png 

* Inauguração do monumento - Desenho do natural de Soares dos Reis in “O Occidente” (6)

Esta publicação relata o seguinte: “(o monumento) É modelado pelo distincto esculptor o sr. Teixeira Lopes, embora o nome deste artista fosse substituído na base da estátua pelo do canteiro que a copiou um pouco mal, diga-se a verdade”. (6) 

O canteiro em questão foi Joaquim de Almeida Costa, estabelecido no Porto e irmão de António de Almeida Costa, sócio de Teixeira Lopes (1)  (7)


  1. “ O Reporter” de 10 de Fevereiro de 1879
  2. “ O Jornal do Commercio” do Rio de Janeiro, de 12 de Março de 1878
  3. “O Jornal do Commercio” ” do Rio de Janeiro, de 17 de Abril de 1878
  4.   Costa, Luís – “Para a história de Braga”, pg. 120
  5. “ O Cruzeiro” de 19 de Abril de 1878
  6. “ O Occidente nº 40, de 15/08/1879
  7.   Leão, Manuel – “A Arte em Vila Nova de Gaia”, pg. 129
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